Perdão pela falta de notícias. Daqui a pouco faz três semanas que estou aqui e nada de escrever, mas eu tive meus contratempos. Só consegui comprar meu computador ontem e não ia dar certo escrever uma carta dessas pelo celular, afinal, são muitas coisas novas para contar.
Saí do Brasil no sábado, dia 7 de Setembro, logo de noite. Eu pensava que minha mãe ia chorar... Acabou que quem chorou fui eu. A viagem até Portugal foi tranquila, mas não consegui dormir. Assisti The Great Gatsby e fiquei ouvindo música até chegar a Lisboa. Quando finalmente cheguei, meu vôo para Londres havia atrasado uma hora mais ou menos. Fiquei fazendo hora no aeroporto, comi dois bolinhos de bacalhau, que foram caros para caramba, acompanhados de guaraná Antártica porque o moço insistiu. Fazer o que, né? Juro que a viagem até você, querida Londres, pareceu ser mais demoradada do que a viagem cruzando o oceano Atlântico. Acho que foi a ansiedade. Deu para ver bastante de Londres pela janela e eu ainda presenciei um arco-íris.
Campinas vista do alto! |
Aeroporto de Lisboa. |
Lisboa |
Londres do alto! |
Quando cheguei no aeroporto de Heathrow, tive que passar por todo aquele esquema da alfândega e pegar a mala, mas deu tudo certo. A faculdade daqui pagou um serviço de táxi para estudantes internacionais, ou seja, era para ter um taxista me esperando no saguão de desembarque, mas meu vôo tinha atrasado, então procurei o motorista e não achei. Gastei meus créditos do chip internacional tentando ligar, não entendi muita coisa, mas, em alguns minutos, olhei para trás e tinha um homem com meu nome escrito numa plaquinha. Juro que nunca pensei que um dia veria uma plaquinha assim com meu nome!
O motorista era bem simpático e se desculpou pelo atraso. Assim que o taxista começou a dirigir, eu estranhei demais o fato do volante ser do lado direito e não no lado esquerdo. Parecia que o canto esquerdo do carro ia bater em todos os cantos do estacionamento! Fiz até um vídeo que está aí embaixo. Depois de estranhar isso, parei para ver a paisagem. O dia estava bem cinzento e chuvoso, mas acho que é de costume, né?
O primeiro ônibus vermelho que eu vi do táxi! |
Cheguei à acomodação umas oito horas da noite, fiz o check-in e quem disse que eu entendi de primeira o esquema da porta? É um ponto eletrônico que abre as portas e eu fiquei tentando abrir a porta errada por muito tempo até perceber que tinha algo errado. Isso ainda carregando uma mala enorme e duas bolsas pesadas. Assim que consegui entrar no meu quarto, fiquei procurando onde era a cozinha e a sala. Acabei achando alguns brasileiros no andar e adivinha onde era a cozinha? Do lado do meu quarto. Mais um mico pra lista. Nesse dia, eu dormi bem cedo e fiquei sem celular porque não tinha adaptador para carregá-lo, ou seja, fiquei perdida e não sabia que horas eram, acordei meio dia.
Conheci mais duas brasileiras do mesmo flat e nós fomos à IKEA, que é uma loja de departamento com tudo para casa, mesa, banho, jardim, enfim! É gigante, passamos a tarde inteira de segunda feira lá e, assim que voltamos, fomos à uma festa. Eu não estava muito animada, mas é sempre bom para socializar, ainda mais quando ninguém se conhece. Eu só não imaginava que a festa seria numa cobertura com vista para a London Eye e para o Big Ben!
A vista <3 |
A festa estava boa, havia três andares e tinha um que o fedor estava bem tenso. Eu juro que não é mito, alguns europeus simplesmente não tomam banho e fica aquele cheiro horrível, ainda mais num lugar fechado e abafado com muita gente dançando. As coisas também acabam relativamente cedo aqui, fomos simplesmente expulsos da festa quando deu 3 horas da manhã e voltamos para casa de ônibus, o famoso night bus que você conhece muito bem, Londres.
No outro dia, acordei e ninguém do flat tinha acordado ainda, então decidi sair sozinha. É bem fácil se locomover aqui, ainda mais com uma estação de metrô aqui na frente da acomodação. Você faz um cartão, o Oyster, que pode ser carregado mensalmente (estudante tem desconto) e pode usar sem limites ônibus e metrô (nas zonas que você escolhe, quanto mais zonas, mais caro). Então eu fui para Hammersmith, já que eu queria ir na Poundland, uma loja aqui que tudo é uma libra.
Ah, e a história do computador começou na segunda. Fiz a encomenda pela Amazon usando meu celular e recebi um email falando que eles precisavam verificar meu endereço, mas queriam que eu mandasse por fax ou carta ou minha conta seria cancelada! Gastei mais créditos ligando para a Amazon, mas nada deu certo. Decidi esperar alguns dias para minha conta ser cancelada e fazer outro pedido, mas também deu errado. Tentei ligar várias vezes e anda se resolvia. Mas, conto mais capítulos dessa novela depois, no outro post, porque já são 01:10 e eu preciso dormir!
Amei te conhecer, Londres. Isso vai soar um pouco depoimento de orkut, mas mal te conheço e já te considero pacas! Hahahah! Brincadeira! Tenho certeza que esse ano vai ser incrível e mal posso esperar para escrever mais um montão de cartas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário